quinta-feira, 17 de outubro de 2013

E o meu carro de tinta tem um periscópio



Esse desenho foi feito alguns poucos anos atrás. Alguns poucos para mim que vê o tempo passar ligeiro a cada dia contado. Já para o artista foi a tanto muito tempo:

- Fiz quando eu era criança pequena.
- Como se você não fosse mais criança.
- Criança sim, mas não criança pequena.

Gabriel fez quando tinha 4 anos de idade. Ganhou um kit de tintas de sua mãe e essa foi uma das poucas obras que foram parar no papel. As outras tiveram destinos mais nobres como inspiram os artistas modernistas - paredes, espelhos, partes do corpo, roupas e alguns brinquedos.

A pintura ficou muito boa, quase que não tem que explicar nada - Achei que ele foi bem detalhista. Mas toda criança tem e faz uma releitura da realidade que a rodeia. No caso da pintura, como disse, quase não tem que explicar nada, ao não ser pela coisa verde que parece ser uma antena em cima do carro. A princípio achei que fosse uma simples antena mesmo - Bom, então perguntei só para confirmar e minha resposta foi:

- É uma coisa para você ver bem lá na frente.
- Hum! Como assim?
- Igual ao que tem nos submarinos ou tanque de guerra… e você vai poder usar pra ver as coisas. Tipo a rua tá muito cheia de carro antes de todo mundo, bem muito na frente.
- Legal isso é um periscópio.

Esse carro ele me deu dizendo que eu deveria ter um carro assim. Achei muito legal e levei para fixar na minha mesa do trabalho e tá aqui até hoje. E o legal é quando explico sobre o item futurístico verde em cima do meu carro vermelho - Isso é meu periscópio. Com ele posso evitar os congestionamento de transito cada fez mais frequentes. Posso usá-lo para ver tudo que está muito a minha frente e realizar manobras evasivas e preventivas
.

Um comentário:

  1. Gabriel, ver o seu desenho e ler sobre a leitura que você faz sobre a sua obra é muitíssimo interessante. Mais interessante é o diálogo com o pai Matheus. Ou mais interessante é ele ter um trabalho seu feito aos quatro anos de idade? O que deveria ser natural, a convivência de pai e filho, é pra mim hoje algo surpreendente e encantador. Continuem, não parem... Estarem aqui para conferir. Abraços para vocês, Gabriel e Matheus. Joyce Pianchão.

    ResponderExcluir